sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Desenvolvimento curricular e as Tic

O excerto analisado é da autoria de Antonio Monclús Estella, Catedrático de Didáctica e Organização Escolar da Universidade de Madrid, que foi retirado do seu livro “ A que chamamos Ensino, Escola, Currículo ”.

A análise realizada corresponde ao capítulo V “ Desenho (curricular) e Desenvolvimento do Currículo”.

Monclúis Estella começa no capítulo V da sua obra por mostrar a importância da Teoria Curricular como forma de conseguir projectar um desenho/plano curricular e o desenvolvimento do Currículo, fazendo a distinção entre ambos os campos.

Após uma abordagem a estes conceitos, o autor centra como tema principal deste capítulo a análise das dimensões do currículo. Este importante ponto subdivide-se depois em vários aspectos que explicitam então as dimensões do currículo: A função dos objectivos; O lugar dos conteúdos; As estratégias de aprendizagem e os recursos metodológicos; As perspectivas da Avaliação. Todos estes tópicos são depois subdivididos em vários pontos-chave, que mais à frente serão analisados e devidamente fundamentados com as ideias dos autores que deram um importante contributo a cada um destes temas.

Comecemos então por mostrar as ideias principais de Antonio Monclúis Estella em relação ao título do capítulo 5 da sua obra “ Desenho e Desenvolvimento do Currículo ”.

Segundo o autor, a teoria curricular mostra directa ou indirectamente o que entendemos por ensino, e qual a sua verdadeira dimensão e consistência, bem como o que caracteriza verdadeiramente o mundo escolar.

Quando falamos de Teoria Curricular não a devemos desassociar ao campo do desenho/plano e desenvolvimento curricular (prática), pois ambos estão inter-ligados e um não pode ser efectuado na sua total plenitude sem a existência do outro

O autor cita então Zabalza que diz mesmo na análise de uma obra que “ O currículo é um plano, mas também a sua realização ”. Seguindo esta linha de pensamentos podemos encontrar vantagens na conexão entre estes níveis curriculares: evita uma concepção hierarquizada dos profissionais implicados no processo curricular; evita um corte entre a teoria e a prática, entre a fundamentação e o desenvolvimento operativo do currículo; permite uma concepção sistemática da realidade escolar.

Kleim (1985) fundamenta esta ideia uma vez que para ele o desenvolvimento técnico do desenho curricular permite a conjugação do modo curricular assumido e as decisões tomadas em torno de cada um dos segmentos curriculares. O modelo deste autor apresenta três eixos curriculares: currículo centrado nas matérias, o currículo centrado nos sujeitos e o currículo centrado na sociedade.

Todavia, Zabalza, apesar de achar o modelo de Kleim demasiado simplista, reconhece a sua importância quando expressa e explicita a necessária conexão entre o modelo curricular que se utiliza como base teórica e as suas especificações técnicas nas diferentes dimensões que têm de ser com o modelo.

Monclús Estella defende que o tema do plano curricular e do seu desenvolvimento é um dos principais aspectos a analisar em todas as escolas e nas suas relações com as politicas das autoridades respectivas a diferentes níveis relacionados com elas. As citações de Taylor reforçam a ideia fundamental do autor: “ (…) É necessário ir mais além e afirmar que o papel chave, no que se refere ao estabelecimento de princípios e à prática detalhada, corresponde acertadamente aos professores ”, ou seja, o desenvolvimento curricular em cada escola deve ter como intervenientes os professores.

Taylor aposta assim num currículo em educação constante de forma a posteriormente ser implementada uma mudança em relação a este assunto.

No desenho e desenvolvimento curricular há que ter em conta que intervém a diferentes níveis várias circunstâncias que vão mais além do professor e do planificador oficial de um curso e da programação de um centro escolar. Quando se expõe o plano curricular e o seu desenvolvimento, há que superar várias barreiras e segrega-lo num contexto cultural, psicológico, social…, que interage com o próprio contexto educativo. No entanto, a mudança anteriormente proposta por Taylor pode ser de certa forma dificultada pois, como expõe Marsh, é ainda visível por parte da sociedade uma difícil aceitação do desenvolvimento curricular adoptado para cada escola.

O autor do texto expõe a ideia das amplas conotações atribuídas ao termo “ desenvolvimento do currículo ” que foram usados para descobrir os diferentes processos de planificação do currículo, desenho e produção, associados com a realização de um conjunto particular de materiais. Vários autores consideram que existem inúmeras formas de se ver o processo do desenvolvimento do currículo. No entanto, existe um modelo de desenvolvimento curricular que abrange os pontos principais de autores como Taylor, Taba, Nicholls, Wheeler, Print; Walker e Skilback, onde são identificados os seguintes aspectos: o currículo prepara os procedimentos na fase organizacional; temos a existência de uma focalização cíclica na fase de desenvolvimento; é dada uma implementação e supervisão do currículo na fase de aplicação.

Em forma de síntese, o Catedrático de Didáctica e Organização Escolar da Universidade de Madrid usa a ideia de Print que nos diz que o desenho curricular pode ser definido como a disposição dos elementos de um currículo (intenção, conteúdo, experiências e estratégias de aprendizagem e avaliação). Desta forma a planificação curricular é aquele processo onde os planificadores do currículo conceptualizam e organizam as características do currículo que se quer construir.

Assim sendo, pareçe que a integração das Tic no curriculo terá necessariamente de mudar o paradigma de ferramenta da aprendizagem, motivadora de aprendizagens e, começar a ser entendida, percepcionada à luz da conceptualização e organização curricular.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

As Tic e o curriculo

"As Tic são encaradas como que potencializadoras de uma aprendizagem, mas, contudo, ainda são encaradas curricularmente como instrumentais, pois não as encaram conjuntamente com as questões envolvidas no processo de ensino e de aprendizagem – questões de definição dos objectivos de aprendizagem, selecção dos métodos de ensino, das tarefas e estratégias de aprendizagem, bem como das formas de avaliação e de acompanhamento dessas aprendizagens (...)"

" Parece, então entrar-se no campo da contradição, onde as grandes orientações curriculares governamentais apontam para uma integração e consideração das Tic na sua profundidade conceptual nos currículos, e, por outro lado, os autores dos programas escolares relegarem para “segundo plano” o potencial de aprendizagem das Tic ao usarem-nas como meros instrumentos. Todavia, esta é uma prática presente em quase todos os programas do ensino básico português, o que, é de facto, apropriar-se de uma “revolução conceptual” pela “rama” e não pela sua profundidade essencial." - Excerto do Relatório do Módulo 1

Esta questão parece apontar para um fraco desenvolvimento curricular, ou então para um "deficit" de entendimento de toda a amplitude de aplicabilidade e potencialidade que as Tic têm.

Então como reorganizar um currículo com base na integração das tic? A reorganização curricular, segundo Carlinda Leite (2001, in A Reorganização Curricular do Ensino Básico), “coincide com um modelo caracterizado pela concepção de currículo como projecto e como algo que se afasta do mero ensino-aprendizagem dos conteúdos programáticos prescritos a nível nacional”.

Para que seja possível fazer uma reorganização curricular, é necessário que se tenha em mente que a escola existe, para formar e educar, e que esta escola necessita de mudanças que acompanhem o desenvolvimento, e que combatam o insucesso. Daí se dizer que a organização curricular e a forma como se desenvolve o currículo, são uns dos factores que mais influenciam o desigual sucesso escolar dos alunos.

É necessário que se repense o currículo para que este incorpore as situações locais e se sustente em processos que tornem significativo a escola, para quem a vai frequentar. Para que esta tarefa seja facilitada, o pensamento está a evoluir no sentido de que os professores e outros actores educativos locais, se envolvam e repensem também o currículo, a sua organização e desenvolvimento, participando activamente na gestão curricular, dado que estes estão próximos do plano real do currículo.

O currículo deve mudar, tendo em conta a diversidade de alunos para a qual é pensado. Sabemos que não existem duas crianças iguais e que existe necessidade de ser criado um currículo para um só aluno. É aqui que se verifica a diferença entre o plano oficial e o plano real. O plano oficial necessita de respeitar o que se passa no real e assim mudar para que se conjuguem a aprendizagem e as necessidades próprias de cada aluno.

Esta gestão curricular que se pede pressupõe que se analisem situações, que se tomem decisões e se intervenha em conformidade com essas decisões e com o balanço que se vai fazendo dessa acção. Ou seja, em suma, pressupõe que se reconstrua o currículo proposto a nível nacional; que se trabalhe em equipa de modo a que se dê sentido colectivo às acções individuais; que se tome iniciativas que levem ao desenvolvimento e configuração de um currículo mais rico e, por fim, que se avalie o projecto curricular concebido e realizado.

Contudo a reorganização curricular, não pressupõe só uma flexibilização do currículo ou gestão curricular, mas também um exercício de autonomia. Este implica que o técnico que trabalha para a gestão do currículo se considere e seja considerado um profissional com autoridade, na medida em que é entendido como autor e criador.

Na actualidade, e saindo da perspectiva de Carlinda Leite (2001, in A Reorganização Curricular do Ensino Básico), o problema da reorganização curricular, está também envolvido no plano tecnológico. Uma das formas de o demonstrar, é através do Fórum da Reorganização Curricular na internet. Este fórum tem três objectivos fundamentais:

-Promoção do intercâmbio de experiências entre os vários actores educativos, com particular realce para os professores;

-A resposta rápida e eficaz às questões colocadas no âmbito da Reorganização Curricular, diversificando o seu emissor;

- Aproximação do Departamento de Educação Básica (DEB) da realidade das escolas.

Segundo os investigadores, os objectivos foram amplamente conseguidos e superados, o que mostra realmente o desenvolvimento que o currículo teve nos últimos anos. Os resultados desta investigação mostram o forte empenhamento dos professores e dos outros agentes educativos, mas não basta. Dever-se-á entender as Tic como que um filtro (Ralph Tyler) segundo no qual se constrói o currículo. Mais do que considerar a sua existência é aglutinar as Tic à essência curricular.





sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando falha as TIC

Na semana passada, estava quase a começar uma aula de sensibilização de substâncias psicoactivas e falhou o projector de vídeo e toda a aula estava baseada numa apresentação em power point e outras ferramentas. Foi-me necessário durante a actividade inicial reestruturar mentalmente a aula de forma a que os meus alunos não se apercebessem que algo falhou????? E quando falham as tic? Há vida para além das TIC?????